Rodrigo, Marquês de Posa - Dimitri Platanias |
Giuseppe Verdi (1813-1901) - Don Carlos
Ópera em quatro actos.
Libreto de Joseph Méry e Camille du Locle segundo o poema dramático «Don Carlos, Infant von Spanien» de Friedrich von Schiller, de 1787.
Direcção musical Martin André
Libreto Joseph Méry e Camille Du Locle
Encenação Stephen Langridge
Cenografia e figurinos George Souglides
Desenho de luz Giuseppe di Iorio
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Nova Produção TNSC
Estreia absoluta (versão em 5 actos, em francês): Théâtre Impérial de l'Opéra, Paris, a 11 de Março de 1867 (Don Carlos). Estreia (versão em 4 actos, em italiano): Teatro alla Scala de Milão, a 10 de Janeiro de 1884 (Don Carlo). Estreia em Portugal: Real Teatro de São Carlos, a 21 de Dezembro de 1871.
Filippo, Rei de Espanha Enrico Iori
Don Carlo, Infante de Espanha Giancarlo Monsalve
Rodrigo, Marquês de Posa Dimitri Platanias
O Grande Inquisidor Ayk Martirossian
Elisabetta de Valois Elisabete Matos
Princesa Eboli Enkelejda Shkosa
Monge Mário Redondo
Tebaldo/Uma Voz Joana Seara
Conde de Lerma Bruno Almeida
Arauto Real Marco Alves dos Santos
Alterações ao elenco: Por motivo de doença, Fabio Sartori foi substituído por Giancarlo Monsalve.
Por motivo de doença, Giancarlo Monsalve foi substituído por Alfred Kim no dia 11 de Outubro.
Verdi teve uma das mais extraordinárias carreiras de toda a história da música, tendo chegado no fim da vida a uma posição que muito poucos artistas poderiam almejar, tendo-se o seu nome tornado símbolo do “Risorgimento” (Renascimento) e da libertação de Itália.
Quanto mais velho ia ficando também mais audaz Verdi se ia tornando, e as suas duas últimas óperas, nomeadamente Otello (1887) e Falstaff (1893) são autênticos prodígios de criatividade e inovação, sendo também das poucas óperas da altura que conseguem manter-se à altura das de Wagner sem sofrerem deste uma influência castradora. Verdi absorveu de Wagner e de outros (Rossini, Bellini, Donizetti) somente aquilo que lhe parecia interessante para a renovação da sua linguagem original.
Das 28 óperas escritas por Verdi, pelo menos 13 fazem parte essencial do repertório, e as restantes são tocadas com alguma regularidade, um recorde que mais nenhum compositor igualou.
Don Carlo (1867) pertence já à transição do período médio de Verdi, período que engloba a maior parte das suas obras mais populares, como Rigoletto (1851), Il trovatore (1853) e La traviata (1853) para o último período, no qual a escrita harmónica e orquestral se torna mais complexa, e é justamente considerada uma das maiores obras-primas de Verdi.
Em Don Carlo, um enredo histórico passado na Espanha seiscentista permite ao compositor explorar o mundo psicológico de personagens condenadas desde o início ao peso da História e das suas contingências (e pelo conflito entre Indivíduo e Estado), contingências que tanto conduzem à morte como ao exílio e à rebelião, mas que raramente terminam em felicidade. Nesse aspecto, e não só, Don Carlo é uma obra intemporal. (Texto Sérgio Azevedo)
http://www.saocarlos.pt
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